Nesta segunda-feira (17), o Expresso 103 recebeu a enfermeira Morgana Dartiballe, da equipe multidisciplinar da Policlinica Osvaldo Cruz (POC), que falou sobre o tratamento gratuito da obesidade oferecido pelo SUS em Rondônia, que tem acompanhamento de equipes multidisciplinares no Hospital de Base e Policlínica Oswaldo Cruz. Durante o bate-papo, a profissional explicou como funciona o acesso ao acompanhamento, quem pode participar e quais são as etapas do processo.
Morgana destacou que a obesidade é uma doença crônica, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que se tornou um dos maiores desafios de saúde pública do país. Ela alertou que o excesso de peso pode ser porta de entrada para diversas outras enfermidades, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, problemas articulares e até alguns tipos de câncer.
Segundo a enfermeira, o primeiro passo para ingressar no tratamento é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. “As UBS são a porta de entrada. Qualquer pessoa pode buscar atendimento e iniciar o acompanhamento, claro que seguindo todos os trâmites da regulação”, afirmou. Após avaliação inicial, o paciente pode ser encaminhado para uma equipe multidisciplinar formada por médicos, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros , que definem o melhor tipo de intervenção para cada caso.
O tratamento inclui orientação nutricional, acompanhamento psicológico, prática de atividade física orientada e monitoramento clínico contínuo. Em casos específicos, quando todas as alternativas já foram tentadas e o risco à saúde é elevado, o paciente pode ser encaminhado para cirurgia bariátrica, considerada a última opção dentro do protocolo.
Morgana reforçou que o tempo de permanência no programa pode levar até 2 anos; a mesma ressaltou, quem nem tudo depende do paciente, mas reforçou que a resiliência e o comprometimento do paciente são fundamentais. “O tratamento exige mudança de hábitos, perseverança e acompanhamento constante. A equipe está pronta para apoiar, mas o progresso depende da parceria entre o profissional e o paciente”, ressaltou.
Ouça o bate-papo completo no player abaixo.





