Os alertas de desmatamento na Amazônia legal atingiram o menor valor histórico para o mês de fevereiro. O número indica a diminuição das ações que tem destruído parte da floresta. No entanto, especialistas apontam também que ainda não é uma trégua definitiva. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 81 km² de áreas desmatadas no mês em 2025, que é o menor índice para fevereiro desde o início da série histórica em 2016.
A taxa representa uma queda de 64,3% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram detectados 227 km² de desmatamento. Esse número é um sinal de queda dos alertas que vinham batendo recorde em 2023, mas ainda é relevante. O desmatamento registrado em fevereiro representa uma área semelhante à extinção territorial do município de Vitória, no Espírito Santo, e ainda se soma a outros milhares de quilômetros de desmatamento acumulado ao longo dos anos na floresta.
Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores de 3 hectares, tanto para áreas totalmente desmatadas, como para aquelas em processo de degradação florestal também. Segundo os números do sistema, a redução do desmate ainda mais significativa quando a gente compara com o pico registrado em fevereiro de 2023, quando foram 322 km² desmatados, uma diminuição de 74,8%.
Levando em conta os dados do último mês distribuídos por estados, o Mato Grosso lidera com 29 km² desmatados, seguido por Roraima com 18 km², Pará com 15 km² e Amazonas com 11km².
O governo federal atribui essa queda do desmatamento a um conjunto de medidas intensificadas nos últimos meses, como por exemplo, o aumento da fiscalização, o combate a crises ambientais e o fortalecimento de políticas de preservação. No entanto, especialistas fazem esse alerta de que oscilações desses dados ambientais são comuns e que o cenário a longo prazo ainda depende de um monitoramento contínuo e de investimentos estruturais na proteção da Amazônia.
Fonte: CBN